domingo, 28 de julho de 2013

MULHERES APAIXONADAS



Preciso dividir mais uma duvida com vocês, caros amigos. Uma duvida sobre o amor. Sobre quem nós somos e sobre o que o amor é capaz de fazer conosco.
Todos nós temos uma amiga (querida ou não) que pensamos conhecer. Ela é alegre, divertida; sai com você algumas noites para curtir, paquerar e se divertir. Tem pensamentos próprios, opiniões, duvidas, medos e certezas, alguma das quais você compactua e divide. Quando você sai sem ela, é capaz de ver uma roupa na vitrine, um sapato, uma jóia e dizer sem receio nenhum que aquilo é a cara dela, porque lhe parece que a personalidade dela é clara, simples, real. Todos tem amigas assim, apenas mulheres comuns como nós mesmas. Quando sozinhas, trocamos figurinhas sobre nossos desejos. Desejos sexuais, emocionais, sociais e apesar de nem sempre concordarmos com quais seriam os ideais de felicidade, o que ansiamos todas é sermos felizes. Isso é fato. E quando alguma entre nós já está com seu coração preenchido, discutimos as mesmas tolices e assim continuamos amigas e cúmplices.
Eu particularmente odeio as famosas e praticas frases que explicam tudo: "Todas as mulheres querem..." Isso hoje em dia não é mais possível de se afirmar; nem toda mulher quer realmente casar ou ter filhos e já não sentem culpa por isso, mas sim, se sentem livres (veja o meu caso). Então com essa liberdade os desejos ficaram mais amplos; temos amigas que querem casar e ter filhos; as que só querem casar; as que só querem ter filhos; as que querem uma carreira; as que querem um companheiro e assim vai...
Mas existe um tipo de mulher (ainda hoje) que simplesmente desaparece quando se apaixona!!!
Sim, desaparece!
Essa mulher mata toda sua essência por que acha que encontrou seu Príncipe Encantado; e digo acha, porque esse amor é muito mais projeção do que fato. Ela passa a viver por esse amor; se alimenta dele, se veste por ele, se move para ele, pensa com ele e se perde nele. E não estou falando do tal Príncipe, mas do amor mesmo, do sentimento que ela pensa que sente. Aquela amiga que era tão familiar vira uma estranha, não diz as mesmas coisas, não age da mesma maneira, se afasta de tudo e todos e seu argumento é: "Agora é diferente, estou amando"
Como assim?
Como um sentimento tão super estimado pode modificar você afastando-a de si mesma. Como um sentimento tão nobre pode destruir sua essência, sua personalidade, acabar com suas certezas e duvidas. Isso não me parece amor! O amor deveria tranquilizar a gente; afastar sim as duvidas e acentuar as certezas de quem nós somos. Mas nunca isolar-nos numa ilha. Jamais seremos só nós e o nosso amor. Jamais! Somos todas as experiências que vivemos, todas as pessoas que conhecemos, tudo que desejamos e abandonamos. E, mais ainda, NUNCA temos o outro; o outro não nos pertence e nunca pertencerá. E mais cedo ou mais tarde ele ou nós iremos embora. Por isso, o importante é viver com o outro, amá-lo, viver cada momento intensamente, mas sempre consciente de nós mesmas, para que quando essa solidão chegar estejamos preparadas para voltarmos para nossas vidas, por que de fato nunca a abandonamos.
Amem e sejam felizes!!! E amem sempre intensamente a vocês mesmas em primeiro lugar!!!


terça-feira, 23 de julho de 2013

MULHER "FRUTA" ?????


Giuseppe Arcimboldo

Quando uma mulher se rotula como fruta, o que ela espera?
Ser comida? Virar salada?  Ficar madura no pé? O que?
Quando uma mulher coloca litros de silicone pelo corpo afora - peito, nádegas, coxas, boca -; que imagem ela quer passar?
Qual é a medida da vaidade e da deformidade?
Por outro lado, para ser considerada inteligente é preciso ser feia?
Cada uma com seu rotulo:
  • Mulher bonita demais é burra e vadia.
  • Mulher inteligente demais é feia e lésbica.
Isso tudo é tão ridículo que chega a doer. Qualquer mulher pode ser vadia e inteligente; ser feia e burra; ser lésbica e bonita; inteligente, vadia e lésbica; inteligente e bonita e por ai vai... Mas eu fico pensando no quanto nós mulheres somos mais que tudo isso, mais que rótulos.
Somos seres mágicos, todos nós... Homens e Mulheres. Somos cercados por mistérios. De onde viemos e para onde vamos? O que nos move? Qual o misticismo que envolve nosso estar?
Como mulheres inteiras, plenas, não precisamos desses artifícios para sermos especiais; apenas somos! Nossa sensualidade depende muito mais do nosso comportamento do que do tamanho dos nossos seios ou bunda; depende da relação positiva que temos com nós mesmas, com o quanto nos amamos. Uma mulher que se despe com naturalidade diante do outro demonstra a verdadeira sensualidade.
O gostar de si mesma; se respeitar - física e espiritualmente - isso é tornar-se sensual.
Amem-se!!!

domingo, 21 de julho de 2013

MULHER SEXY X MULHER VULGAR

Diante de algumas situações fico me perguntando que futuro, de fato, estamos entregando aos nossos filhos, e em especial as nossas filhas, as futuras mulheres.
Como já disse aqui, acredito que somos o conjunto de várias informações a nós atribuídas ao longo de nosso crescimento. Somos em parte nossa família; em parte nossa micro-sociedade (grupo próximo) e em parte nossa macro-sociedade (bairro, município, cidade, país e continente); nossa cultura; um pouco da religião que nos cercou; as convenções econômicas, políticas e todas as informações cognitivas que nossa existência permitiu assimilar. E dentro dessas informações cognitivas as mais fortes são as informações visuais, porque elas são apreendidas antes de qualquer outra.
Ao olharmos, nós registramos a imagem por ela mesma e só depois atribuímos a ela conceitos sociais, econômicos e filosóficos; mas mesmo com essa codificação posterior a imagem fica registrada em nossa mente. Justamente por isso a propaganda, o marketing e a TV, por exemplo, se utilizam de imagens impactantes para vender seus produtos; e sem que nos demos conta registramos mais a imagem do que o produto em si...Somos uma sociedade imagética.
Diante disso volto as imagens que estamos vendendo as nossas filhas. Quais são as mulheres que queremos que elas desejem se tornar? Quais são as mocinhas das novelas? Quais são os padrões das mulheres dos programas de entreterimento? Quem são suas ídolas? Qual o padrão de beleza a seguir? Será que elas entendem por si mesmas a diferença entre ser sexy e ser vulgar?






sábado, 20 de julho de 2013

MULHERES SEXY



Para o homem fazer sexo basta o sexo oposto e nem precisa ser a mulher mais linda do mundo. Para a mulher quando começa rolar um clima, sua mente se divide em duas e começa um diálogo silencioso consigo mesma:
"Quando fiz a depilação?... Faz duas semanas, então ainda tá bem."
"Qual foi mesmo a calcinha que coloquei?"
"Aquela azul...hum, mais preciso tirar o sutiã antes que ele veja, por que é de outra cor"
"Que merda, não trouxe meu perfume"
"Será que meu corpo é bonito?"
"Será que ele vai perceber minhas celulites? Melhor transar no escuro"
"E se ele não gostar de mim?"
"E seu eu não gostar dele?"
"Se ele não me ligar, eu ligo?"
...
Enquanto isso o cara só quer transar, e esta preocupado no máximo se vai ter ereção ou não.

Não sou hipócrita em dizer que concordo com um lado ou com outro, acho que os dois estão equivocados. Um por querer de menos e outro por querer demais. Esse homem esta desprovido de emoção e essa mulher esta repleta de fantasia romântica e no final os dois estão longe das emoções reais. A meu ver o ideal (talvez inalcançável) era que ambos estivessem buscando as emoções primordiais, aquelas que vem com o toque, com o sentimento, com o momento, sem expectativas demasiadas e muito menos ausência de expectativas totais. O bom era que as pessoas fossem para os encontros limpos de modelos, buscando a felicidade; especialmente a felicidade individual.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

MULHERES MEDIEVAIS


Como professora de História da Arte gosto de contextualizar com meus alunos quando apresento o estudo dos movimentos artísticos diante dos acontecimentos históricos/sociais, porque para eles fica mais claro o entendimento da analíse formal das obras diante dessa contextualização. Discutir um quadro do romantismo, por exemplo, dentro do contexto da revolução francesa e da "descoberta" de um nacionalismo patriótico deixa tudo mais claro.
Mas ontem estava pensando nas possibilidades da contextualização histórica/social e cheguei a conclusão que a Idade Média só poderia ter existido na Europa, jamais sobreveviria nos trópicos. Os castelos sombrios; as florestas escuras e gélidas; os ares cheios de neblina só caberiam na Europa. Como a arte românica ou gótica teriam aquela atmosfera longe daquela luz. Sendo o estilo românico, um estilo que prevaleceu na Europa no período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII) e estilo gótico no período da Baixa Idade Média (final do século XIII ao XV). Impossível de existir numa outra região ou período.
Minha preferência é pelo gótico e suas Catedrais impressionantes. O surgimento dos burgos; o surgimento e aprimoramento das guildas; o enorme desenvolvimento dos ofícios das artes e o começo das atividades mercantis, ou seja, o começo das coisas. E mesmo apesar do feudalismo, das cruzadas, da inquisição, da Peste Negra e várias barbaridades, é um período muito rico socialmente falando.


Catedral de Milão

A idade Média teve como ponto central o alto poder da igreja sobre a vida das pessoas e na medida em que o celibato se tornou uma das exigências mais importantes para a organização hierárquica da Igreja, cresceu a desvalorização da mulher; que nada mais era do que uma estratégia para manter a organização eclesiástica. Eva, vista como a grande responsável pelo pecado original, era uma das justificativas para se desprezar as mulheres.
Mas na Baixa Idade Média, apesar deste contexto surge uma nova forma de ver as mulheres atráves do culto da Virgem Maria - O Culto Mariano - que gerou a canonização de mulheres e a reclusão das mulheres nos conventos e portanto a possibilidade de se arrepender dos seus pecados.
Por meio dessa breve contextualização, é possível compreender que as mulheres assumiram papéis que extrapolam os antigos preconceitos ainda reservados ao período medieval. Sem dúvida, as mulheres medievais são muitas, variadas e dinâmicas, como as manifestações do tempo em que viveram.


Fonte:http://www.brasilescola.com/historia/a-situacao-da-mulher-na-idade-media.htm

sexta-feira, 5 de julho de 2013

MULHER ORGULHO

Escrevi esse texto durante as primeiras manifestações e no auge das minhas emoções.

Nem sei por onde começar e quais palavras usar para descrever o meu orgulho diante dos fatos. Tenho ficado com os olhos marejados em inúmeras situações e diante de tantas fotos, que sinto transbordar minhas emoções.
É com muito orgulho - orgulho de ser brasileira, de ser jovem, de estar viva para ver tudo isso - que meu coração tem transbordado. É pela atitude, pela coragem, pela valentia, pela insistência, pela justiça, pela verdade que vejo nos olhos dos jovens (jovens no espírito).
Alienado aqueles que não veem a beleza por trás do movimento, que não enxergam a mudança do campo vibratório do pais, da energia crescente que vai abrangendo cada vez mais gente.
É como uma pedra atirada em um lago parado que oscila sem encontrar barreira até a margem. A pedra virou um tijolo, o tijolo virou um imenso bloco de concreto.
E eu tenho certeza que mesmo que o movimento não dê em nada, ele já mudou tudo. Ele mudou nosso campo vibratório, ele já nos fez fortes...
"Eles" sabem do que somos capazes. Voltar atrás em R$0,20 centavos é irrelevante; poderiam considerar a gratuidade que nada mudaria; pois aqueles que se libertam da máquina (hoje ou há muito tempo) sabem que isso é irrelevante. O importante é a consciência desperta, é a liberdade de atitude, é o livre pensamento e todo tipo de respeito que isso agrega.

DIAS DEPOIS...



Minhas emoções transbordadas se entristeceram  com o rumo que as coisas foram tomando. Manipulação da imprensa, mudança de posicionamento dos participantes, exploração do movimento por partidos políticos e todo tipo de aproveitadores...tudo foi ficando tão nojento, que o movimento que inicialmente tinha um propósito maior se perdeu.
Se perdeu por falta de um liderança que aglutinasse os ideais, que não permitisse que as coisas se desvituassem dessa forma. Tudo virou um engodo...
Primeiro foi a resposta patética da nossa presidente, com o anúncio de medidas que foram se dissolvendo no decorrer dos dias. Depois e pior de tudo foi o posicionamento pavoroso da imprensa diante dos fatos, a tentativa permanente em destruir tudo frente a população. A repetição insistente de termos pejorativos como o uso da palavra vândalos, numa lavagem cerebral muito bem pensada e calculada.
Diante de tudo isso, a revolta aumenta na medida que percebo o quanto somos fantoches de máquinas de mentira. Mentiras políticas, mentiras mediáticas, mentiras sociais, mentiras de todos os lados...

quarta-feira, 3 de julho de 2013

MULHERES REVOLTADAS II



Primeiro quero explicar meu sumiço... Justificado pelo fato de eu ser  professora com final de semestre, entrega de notas, preenchimento de diários escolares (10 turmas); mais entrega de trabalho final de mestrado; mais preparação de um curso que darei nas férias e mais minha revolta total diante dos últimos acontecimentos no Brasil... E daí começa meu texto de retorno ao blog.
Nas últimas semanas houveram várias manifestações pelo Brasil, que foram deflagradas a princípio pelo aumento da passagem de ônibus em vários estados da federação, mas que aumentou em número de participantes e de reivindicações na medida em que o governo se negava a escutá-las e a polícia insistia em usar violência na tentativa de dispersão dos mesmos. A sensação que eu tive (e vou aqui falar das sensações, por que meu conhecimento sobre política é parco, devido a educação de tive para justamente não entendê-la e pior, não querer entendê-la) é de que as pessoas que foram para as manifestações se sentiram bem mais que agredidas fisicamente quando se sentiram tolhidas de seus direitos de reclamar, de exigir, de conquistar. Tudo piorou quando as pessoas perceberam que não tinham voz e muito pior, quando perceberam (alguns) o tamanho das manobras que oportunistas, a imprensa e os políticos se utilizaram para desmantelar a iniciativa daqueles que resolveram ter uma atitude de cidadania.
Num primeiro momento fiquei emocionada diante da multidão que foi para as ruas exigir direitos... vi nesse movimento um despertar de consciência, uma mudança de atitude e posicionamento e tão rápido quanto tudo começou fiquei triste por ver como a TV se colocou diante dos fatos. Uma imprensa mentirosa, sem nenhum compromisso com os acontecimentos e com o dever da neutralidade. A palavra vinculada e insistentemente repetida é: Vândalos. É isso que os manifestantes viraram e é isso que eles repetem quase como um programa de hipnose. Entre milhares de pessoas pedindo direitos negados pelo poder público a anos, só o que importa são os vândalos, uma dezena de fulanos, quiçá infiltrados para desacreditar uma manifestação justa, real e legitima.