segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

MULHERES "ENCANTADAS"



Mulheres não se enganem!!!
Existe uma mulher "encantada" presa em nós por mais bem resolvida que sejamos. É um ser mítico que cresceu com a gente, nos educando (ou nos castrando) em relação a nossa afetividade. Ela tem muitos nomes, e muitas caras, e é sem dúvida uma dessas Mulheres em nós que eu cito no título do blog. 
Julieta... Bela Adormecida... Cinderela... Anastácia Stell... Isabela Swan... Mulheres carentes, vinculados a parceiros fortes e decididos, que resolvem tudo, que as salvam de um destino trágico da solidão e que portanto se tornam donos de suas felicidades. Essa mulher "encantada", produzida nesses inúmeros contos definiram por séculos modelos de amores eternos, de formas de amar e sermos amadas, que sempre esteve distante da realidade, mas que ainda assim fez seu papel em construir esteriótipos tristes de amores inexistentes dentro de nós. No inconsciente coletivo feminino nasceu um monstro chamado "príncipe encantado" que nos atormenta com a ideia de nunca sermos boas o suficiente, nunca adequada para o outro.
E mais uma vez mulheres, eu aviso! Essa mulher "encantada" esta ai dentro de você, vulnerável a esse tipinho que sabe o que dizer, como dizer e quando dizer. E antes que você perceba, seu alter ego sai da toca e coloca abaixo sua segurança, sua determinação e sua confiança. Por isso fique atenta a esse tipinho e não dê tanta importância se cair nessa armadilha.
Diverta-se com eles... deixem eles falarem o que você quer ouvir... deixem eles pensarem que são de fato, seus Romeu... Príncipe... Christian Gray... Eduardo Cullen...
São homens imaturos que julgam que precisam nos enganar, nos iludir para conseguir alguma coisa; como se não soubéssemos a diferença entre amar e foder.
Não se envergonhe em acreditar no amor, ou em se iludir, ou em ter fé no outro... Apenas fique atenta.
Cuidado com o limite que pretende dar as suas fantasias "encantadas". Não permita que eles ultrapassem a linha tênue da sua vida e coloquem abaixo suas convicções. Esse poder eles nunca terão se você se manter fiel as suas expectativas.
Eles são até bonitinhos, gostosinhos, mas no fundo são só isso.
Entre o príncipe e o caçador, fique com o caçador, ele pelo menos mostra suas armas logo de cara nos dando a chance de nos prepararmos.

domingo, 30 de novembro de 2014

MULHERES...LADO SOMBRIO



Quando comecei o blog, a intenção era discutir os medos, as inseguranças femininas, admitir nossos erros e tentar (minimamente) refletir sobre o quanto a sociedade moldou e molda nossas atitudes. Tentar entender, perceber o que eram nossas escolhas e as escolhas dos outros. Também afirmei lá no inicio de que não tinha nenhum título que certificasse as coisas que vinha postando. Todas as minhas opiniões aqui postadas eram apenas opiniões pessoais passíveis de críticas e erros. Minha única fundamentação é o fato de eu ser MULHER.
Por outro lado, os textos baseados em minhas experiências pessoais me deixa vulnerável, exposta, acessível num nível estranho de prever as consequências. Mas acredito que as vivências de uns ajudam o crescimento de outros. Então hoje resolvi me expor um pouco mais...

Meu coração anda apertado e hoje pela primeira vez (tenho 46 anos) pensei em fazer terapia. Não para fazer as perguntas, mas tentar encontrar as respostas para perguntas que venho fazendo desde os meus 7 anos e que com o tempo, com a maturidade venho lapidando e definindo. 

A primeira e primordial seria:
"Porque não consigo reverter o "não" amor do meu pai em relação a minha auto estima?"

...

O "não" amor dele modificou completamente a forma como lido comigo mesmo e o amor do outro e mesmo enxergando isso com clareza não consigo...
Sou muito bem resolvida em muita coisa. Não tenho problema em me relacionar, em fazer amigos, em fazer sexo (com amor e sem ele), não sou ciumenta, mas... Durante muito tempo tive muitos problemas com compromisso. Não conseguia pensar em trabalhar fixo (por isso me tornei free lancer), não conseguia pensar em casamento, nada de programas fixos em nenhuma situação... Isso foi se modificando com o tempo e fui ficando mais tranquila. Hoje trabalho em uma empresa, mudei de profissão, e quem me conhece sabe o quanto isso foi uma mudança em minha vida. A tatuagem, por exemplo, foi um marco nessa passagem; ela representa a aceitação do permanente na minha vida.
Mas ainda convivo com a dor de não ter sido amada por ele e o ódio por me sentir assim apesar de tantos anos de ofensas, perseguições, medos, abandono e nem sem mais o que...
Existe em mim uma sensação de que nunca serei amada por que não mereço. Como vou merecer ser amada por um homem se meu próprio pai foi incapaz disso. 
Óbvio que meu lado racional sabe que isso é idiotice, mas vai explicar isso para o meu inconsciente que passou toda a sua formação como mulher sendo pautada por esse "não" amor.
Tenho consciência que estou me desnudando por completo neste momento, mas sei que muitas mulheres sabem do que estou falando...
E o que dizer depois de viver 17 anos com um homem que foi incapaz de me amar também. (Mas eu posso até ouvir meu ego dizendo pra mim: "Você sabia que ele nunca te amaria. Que homem nenhum vai te amar.")
Não quero me fazer de coitada não. Por que isso não me impede de ser feliz, de viver, de fazer amigos, de estudar, de amar meu trabalho, de viajar, de ficar bem em minha própria companhia, de paquerar, de transar, de admitir minhas falhas e elogiar minhas qualidades, de seguir adiante...
É só um lado sombrio com o qual tenho que conviver, que tenho que negociar em alguns momentos, que tento ultrapassar e que com o passar do tempo vai ficando mais claro, mais palpável, o que facilita sua conclusão.


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

MULHERES A BEIRA DA DEPRESSÃO



Eu tinha prometido para mim mesma que entraria no blog com mais frequência, tinha em mente que a proposta do blog sempre seria de alegria, discussões inteligentes e muito sexo, a meta era postar pelo menos dois textos por dia, mas... 
Com o mestrado em andamento, disciplinas para cumprir, textos para ler e escrever...
Com o trabalho e as aulas para montar, pesquisar, estudar e aplicar...
E mais o dia a dia da casa, da família, da vida...
Eu não consegui! 
Não me culpo por isso e sinceramente faço o que posso.
Até consegui realizar um grande sonho e fui para Itália. Doze dias passando por Roma, Florença, Verona, Veneza e Milão. 
Minha intenção era e é escrever sobre essa viagem na página das dicas (aguardem).
Mas... Hoje...
Entrei aqui para falar de depressão. 
Como mesmo com um bom trabalho, estudando em uma das melhores universidades do país e tendo feito uma viagem dos sonhos, me sinto tão triste nos últimos três dias?
É uma sensação de melancolia muito forte, como se estivesse faltando alguma coisa.
Na verdade tenho uma metáfora perfeita para esses momentos da vida. Momentos que eu acredito que todos já vivenciaram.
"É como se estivéssemos boiando sobre um rio lodacento e que qualquer movimento pode nos fazer afundar."
Então vamos fingindo que a vida está ótima, que o trabalho é perfeito, que a relação afetiva é tudo de melhor e vamos nos mantendo na superfície. E basta essa melancolia se aproximar para nos fazer ver que as coisas não são bem assim.
Isso poderia gerar um grau de depressão irreversível, ou ao contrario disso, servir de trampolim para rever as coisas.
O trabalho está ruim, mude pra outro!
Os estudos estão te esgotando, descanse!
O relacionamento esta desgastado, separe!
Ou ainda:
Pense no porque o trabalho esta ruim. Ele não se encaixa mais nas suas expectativas ou você esta se cobrando demais?
Os estudos estão te esgotando porque você não esta encontrando a dinâmica certa ou você perdeu o foco?
O amor acabou ou você parou de investir na relação e se acomodou?
E por ai afora...
Os períodos de depressão não devem ser evitados, mas servir como um período de reflexão para melhorarmos como pessoa.

sábado, 4 de outubro de 2014

MULHERES COMEDORAS

Adam Levine... Comia!

Ontem publiquei essa foto no meu facebook e fiz exatamente esse comentário sobre ele: "Comia". E comia mesmo se tivesse chance e ele me olhasse...
Desejo! Puro desejo!
O surpreendente foi uma amiga achar engraçado uma mulher falando que "Comia", como se essa colocação, que eu concordo ser machista, fosse exclusividade dos homens.
Primeiro as palavras só ofendem quem se permiti ofender.
Segundo somos nós que literalmente comemos.
É a vagina que engole, que devora, que come o pênis e nunca o contrário. 
Em várias culturas há o mito da vagina dentada ou vagina com dentes, que antes de tudo fala sobre os perigos do sexo e incita o medo da castração por parte dos homens. Talvez ai esteja o medo dos homens.
Erich Neumann relata em seu livro, The Great Mother (Princeton: Princeton University Press, 1955) um desses mitos no qual "o herói vence a Mãe Terrível que possue uma piranha em sua vagina e ao quebrar seus dentes, ela se transforma numa mulher dócil"; ou seja, ele vence ao submetê-la.
Outro mito provém da fraqueza e impotência natural que o homem sente logo após ejacular, mas que antigamente despertava medos nos homens de que a mulher "engolia" suas forças e com isso acabava mais forte. 
Entre os nórdicos, a deusa Hel é representada por uma vagina e dominava Helheim, a porta entre os mundos.
Os cristãos deram o nome de Hel para o inferno e é ilustrada como uma porta alinhada com dentes.
No hinduísmo as mulheres são representadas por um pente, símbolo da vagina dentada.
Nas tribos indígenas norte americanas o mito aparece em centenas de contos e suas origens vem do conto primordial do qual fala Neumann.
Bocas, dentes, portas, vaginas que castram...
Quem come quem?



Agora me diz, Comia ou não comia?


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

MULHERES SEXUAIS



Nunca uso nomes aqui, mas vou citar uma nova amiga.
Obviamente durante um papo sobre homens, pintos e sexo...
Simmmmm!
Nós mulheres falamos sobre isso. Sobre como ELES são, como não são e como nós gostaríamos que ELES fossem. Também gostamos de olhar homens lindos e pensar todo tipo de sacanagens; também falamos sobre posições sexuais  que preferimos e das que não gostamos. Também nos divertirmos em falar todo tipo de obscenidade; mas voltando ao assunto...
Durante um papo sobre homens, pintos e sexo, essa nova amiga fez uma analogia sobre a resposta dos gêneros ao sexo, que eu adorei e que achei precisa.
"Os homens são como micro ondas e as mulheres são como forno a lenha!"
Geralmente, os homens não precisam de estímulos anteriores para o sexo, basta na hora do sexo ver a mulher nua, ou se esfregar nela, ou partir direto para o ato - a ereção acontece e pronto, temos o tipo micro ondas, ligou, funcionou. Já as mulheres precisam de um estímulo maior para chegar a lubrificação, ao desejo, a excitação, ou seja, como o forno a lenha a mulher precisa de tempo para chegar ao ponto certo, não dá pra tirar a roupa, dar uma esfregadinha e sair transando.  É preciso cortar a lenha, carregá-la até o forno, arrumar tudo do jeito certo, botar fogo, esperar formar a brasa, e só depois mandar ver e além disso quando acesa pode demorar muito apagar. Complicado?
Pro homem certo não!
O homem que compreende o tempo feminino, que dá valor a um bom sexo, que gosta de provar a mulher do jeito certo e isso não tem nada a ver com a idade, mas com a maturidade sexual.
Por que estou dizendo isso?
Por que geralmente os homens mais velhos ainda não se tocaram que não somos um depósito de espermas. (Veja bem, não estou generalizando). 
Mais é óbvio que existe, um problema na dinâmica deste processo que diz respeito a idade. 
As "meninas" acendem mais rápido (ainda usando a analogia da minha amiga), por que elas tem mais ânsia, mais fogo; enquanto as mulheres maduras pedem mais calma, mais atenção, mais quando acendem é para queimar por horas e horas. Já os "meninos" também respondem mais rápido, também tem mais fogo, mais tem a seu favor a capacidade biológica de conseguir várias ereções numa única noite; enquanto o homem maduro possui mais experiência e habilidade, que deveria compensar a única ereção da transa. 
Nessa linha de raciocínio (que não é exclusivamente minha) o ideal nas relações sexuais seria homens mais velhos com mulheres mais novas - por que a experiência dele vai aplacar o fogo dela; e os homens mais jovens com as mulheres mais velhas - por que como as mulheres mais velhas demoram mais para se aquecer, eles dão conta disso com o pequeno intervalo entre uma ereção e outra.
Isso é fato, vejamos dados de uma pesquisa:
Logo depois de ejacular, o homem perde a ereção e precisa de um tempo de recuperação, o chamado período refratário. Quanto mais velho, maior esse intervalo e menor o ângulo de inclinação do pênis durante a ereção. Fatores como o hábito de fumar ou uma vida sedentária também influenciam neste aspecto. Já os homens saudáveis que estejam num alto grau de excitação e tenham bastante intimidade com a parceira podem responder mais rápido.
(Fonte: Guia dos Curiosos - Sexo, de Marcelo Duarte e Jairo Bouer)
 
Tempo médio e ângulo de nova ereção variam com a idade
IDADE - Até 25 anos
NOVA EREÇÃO EM... - 10 a 15 minutos

IDADE - Entre 25 e 40 anos
NOVA EREÇÃO EM... - 30 minutos

IDADE - Entre 40 e 60 anos
NOVA EREÇÃO EM... - 2 a 6 horas

IDADE - Acima de 60 anos
NOVA EREÇÃO EM... - 24 horas

Isso já bastaria para nos fazer pensar no por que os encontros sexuais nem sempre são satisfatórios. Sem contar nos pensamentos muito impróprios sobre encontrar um gostosão de uns 28 anos que começaram a se formar na minha mente.


domingo, 21 de setembro de 2014

MULHERES E SUAS "NÃO ESCOLHAS"...


A ilusão social é cheia de armadilhas que caímos o tempo todo sem nem nos darmos conta.
Pensamos que estamos fazendo nossas escolhas dentro do princípio do "livre arbítrio", mas a verdade é que somos induzidos a escolher o que esperam que escolhamos. 
Por isso mesmo "tento" levantar questões aqui que pelo menos nos incite a uma reflexão. 
Geralmente sou extremamente mordaz, irônica e crítica; mas preciso concordar que grande parte da nossa sociedade esta feliz com a forma pela qual escolheram viver na sociedade. Portanto, casar, ter filhos, estudar, prosperar e toda sorte de metas sociais fazem parte dessa mescla de coisas que faz sentido para essa convivência. É assim aqui, em Roma, em Pequim, em Moscou... Mas minha eterna pergunta é sempre a mesma.
A escolha é sua ou é da sociedade que te cerca?
Você esta cumprindo um papel ou esta sendo feliz?
A mulher passou a acreditar que alcançou alguns tipos de direitos nestas últimas décadas, mas o que vejo me parece muito igual ao que se via a tempos atrás.
Mulheres com seus corpos expostos, sendo vendidas como mercadoria; sonhando com o príncipe encantado (que agora vem travestido de Christian Grey); atuando no mercado de trabalho, com até tripla jornada (mas ainda ganhando metade do salário); buscando uma imagem projetada pelos meios de comunicação que não condiz com a mulher real (com celulite, rugas, flacidez).
Se isso não é um tipo de escravidão social não sei o que é.
A aparência física, a maternidade, o estado civil, a profissão, não deve ser um imposição social, mas uma escolha interna independente, que no fim das contas nos traga a certeza da plenitude. E é essencial que as mulheres comecem a aceitar que as "não escolhas" também constroem essa plenitude sem com isso sermos menos ou mais.
Apenas mulheres distintas, com distintas escolhas.
E estar consciente disso inclui respeitar as "não escolhas" das nossas iguais - outras mulheres, que preferiram não serem mães, não serem esposas, não serem siliconadas, não serem obedientes, não serem certinhas, ou seja, simplesmente não serem essas coisas para justamente poderem ser outras coisas.
A vida é um aprendizado, mas é importante abrir o livro pra lê-lo.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

MULHERES INSPIRADAS




É doloroso mas precisamos aceitar que TUDO tem começo meio e fim. A vida inclusive.

Uma viagem de férias termina...
As bocas se separam depois do beijo...
O corpo adormece depois do orgasmo...
O sonho acaba quando acordamos...
O relacionamento termina quando o amor desiste...
As rugas aparecem quando o corpo amadurece...
O riso cala quando as lágrimas surgem...
E a dor cessa quando a alegria toma conta...

São etapas da vida, nenhuma melhor ou pior do que a outra, mas todas necessárias para que possamos entender o processo.
Então perder alguma coisa, uma pessoa, apenas significa que passamos para outra fase.

Agora se a viagem durar.
Se as bocas não se separarem.
Se o corpo se manter acordado com orgasmo...
Se o sonho se mantiver vivo.
Se o amor não desistir.
Se as rugas enfeitarem seu rosto.
Se o riso e as lágrimas conviverem.
E se a dor durar apenas seu tempo.
E se nada tiver mais peso do que o necessário é porque tudo estará no caminho certo.
O caminho da evolução!

Obs.: Acabei de postar isso na minha página e achei que tinha compartilhar com vocês do blog.