domingo, 21 de setembro de 2014

MULHERES E SUAS "NÃO ESCOLHAS"...


A ilusão social é cheia de armadilhas que caímos o tempo todo sem nem nos darmos conta.
Pensamos que estamos fazendo nossas escolhas dentro do princípio do "livre arbítrio", mas a verdade é que somos induzidos a escolher o que esperam que escolhamos. 
Por isso mesmo "tento" levantar questões aqui que pelo menos nos incite a uma reflexão. 
Geralmente sou extremamente mordaz, irônica e crítica; mas preciso concordar que grande parte da nossa sociedade esta feliz com a forma pela qual escolheram viver na sociedade. Portanto, casar, ter filhos, estudar, prosperar e toda sorte de metas sociais fazem parte dessa mescla de coisas que faz sentido para essa convivência. É assim aqui, em Roma, em Pequim, em Moscou... Mas minha eterna pergunta é sempre a mesma.
A escolha é sua ou é da sociedade que te cerca?
Você esta cumprindo um papel ou esta sendo feliz?
A mulher passou a acreditar que alcançou alguns tipos de direitos nestas últimas décadas, mas o que vejo me parece muito igual ao que se via a tempos atrás.
Mulheres com seus corpos expostos, sendo vendidas como mercadoria; sonhando com o príncipe encantado (que agora vem travestido de Christian Grey); atuando no mercado de trabalho, com até tripla jornada (mas ainda ganhando metade do salário); buscando uma imagem projetada pelos meios de comunicação que não condiz com a mulher real (com celulite, rugas, flacidez).
Se isso não é um tipo de escravidão social não sei o que é.
A aparência física, a maternidade, o estado civil, a profissão, não deve ser um imposição social, mas uma escolha interna independente, que no fim das contas nos traga a certeza da plenitude. E é essencial que as mulheres comecem a aceitar que as "não escolhas" também constroem essa plenitude sem com isso sermos menos ou mais.
Apenas mulheres distintas, com distintas escolhas.
E estar consciente disso inclui respeitar as "não escolhas" das nossas iguais - outras mulheres, que preferiram não serem mães, não serem esposas, não serem siliconadas, não serem obedientes, não serem certinhas, ou seja, simplesmente não serem essas coisas para justamente poderem ser outras coisas.
A vida é um aprendizado, mas é importante abrir o livro pra lê-lo.

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