domingo, 30 de dezembro de 2012

Olá meninas (e meninos)

Sejam bem vindos!
Este é meu primeiro texto e quero começar dizendo que nada do que pretendo escrever aqui é definitivo, aliás as conclusões, sejam elas quais forem, nunca serão definitivas. Nem a própria vida é assim. Mudamos, evoluímos, entendemos a vida de maneira diferente a cada ciclo que atravessamos. E aprendemos a duras penas, que toda verdade tem mais de um ângulo: o seu, o meu e o de um terceiro que viu tudo de longe. Por isso, não espero que concordem comigo; espero sim que meus textos propiciem o debate.
Eles serão reflexões que eu quero compartilhar com vocês; dúvidas; frustrações e indignações frente a inúmeros absurdos contemporâneos e seculares. Situações impregnadas em nosso DNA, que apesar de estarmos em pleno século XXI, ainda ressoam no inconsciente coletivo disfarçado por novas camadas de falsa modernidade.
Como, por exemplo, tentarmos entender juntas, o que significa socialmente, emocionalmente e espiritualmente a morte neste último sábado (29) da garota indiana de 23 anos, que foi vítima de um estupro coletivo (6 homens) no dia 16 de dezembro. Ela foi espancada, estuprada por quase uma hora e jogada para fora de um ônibus em movimento, em Nova Délhi. Ou um caso semelhante que revela a conivência policial, de uma menina, também indiana de 17 anos, que foi vítima de outro estupro coletivo, e além disso, foi pressionada pela polícia local a abandonar o caso e se casar com um de seus agressores, e que diante da dupla violência (ser estuprada e ter que se casar com o criminoso) se matou na noite de quarta-feira (26), ao ingerir veneno.
O que é essa nomenclatura? Estupro coletivo? Uma nova forma de aberração? Ou mais uma antiga e secular aberração humana esquecida na mente desses monstros. O que poderia dar a um homem (ou homens) o direito de violar a alma feminina? Isso nem sequer poderia ser o vestígio vago do prazer; é mais uma perversão animalesca de mentes doentes e fracas, que se sentem fortes e poderosas diante da absoluta destruição do outro.
Essa não é uma violência apenas a mulher, é uma violência gravíssima aos direitos HUMANOS. Com letras maiúsculas sim. Precisamos lembrar que somos humanos, todos nós.
Um excelente 2013 para todos, com muita paz, saúde, amor, prosperidade e humanidade. 

4 comentários:

Anônimo disse...

Um bom começo! Parabéns!

Laise disse...

Parabéns pelo Blog Edileine, ficarei muito feliz em acompanhar seus textos (altamente bem escritos). Um blog desses é o que toda mulher (bem resolvida) precisa! Grande abraço! Laise

Edileine Carvalho disse...

Valeu Laise; é muito importante para mim a opinião de vocês. Bjs

Edileine Carvalho disse...

Obrigado "anônimo". Bjs