sábado, 31 de maio de 2014

MULHERES QUE FLERTAM, PAQUERAM, OU MANTÉM CONTATOS IMEDIATOS DE TERCEIRO GRAU... O QUÊ?


Sinceramente eu não sei mais como as pessoas se conhecem neste momento...
Antigamente (odeio este termo saudosista) as pessoas paqueravam no transito, na rua, no metro, nas filas, mas hoje em dia...
No trânsito, os vidros estão sempre fechados e geralmente são escuros, então você não sabe se está paquerando um homem, uma mulher ou um psicopata.  Nas ruas, todos estão com pressa e com medo. Você pede uma informação e a pessoa abordada quase morre de susto até entender sua pergunta. No metro? Bem no metro, dependendo do horário você nem consegue se mover, o que dirá conversar... e por ai vai. - Estou falando de São Paulo, Brasil. Mas o pior de tudo é que ninguém se olha porque todos estão vidrados em seus smartphones, celulares, tablets, Iphones e não sei mais quais brinquedos tecnológicos. 
Brinquedos importantes, mas que definitivamente estão substituindo o momento do papo, da conversa olho no olho, da interação humana. Todos estão o tempo todo focados no minúsculo aparelho, interagindo em suas próprias solidões em meio a multidão.
Como se paquera? Como as pessoas se encontram?
As vezes vejo algum "gato" e não sei mais como abordar, como chamar sua atenção para além do joguinho, das mensagens, da rede social e não sei mais lá qual tipo de bobagem. Óbvio que sei a importância da rede. Afinal aqui esta meu blog se apropriando deste recurso; mas alguém ai se lembra do abraço, do sorriso trocado para sedução, dos olhares furtivos, do oi? 
Nossa paquera hoje é feita na sala de bate papo de uma página online. E minha pergunta é: isso é a evolução? Pretendemos evoluir para o sexual virtual total sem troca de fluidos? 
Cruzes!
Amo a troca de fluídos... 
Assistindo ao desenho Wall-E, uma animação de 2008, que fala sobre a vida de um robô que se apaixona por outro robô mais avançado, fiquei impressionada com as cenas onde se mostra como a raça humana ficou após anos de confinamento, inércia e inutilidade. Eles tem todo o tipo de conforto tecnológico, mais se tornaram obesos, vazios e solitários, sem ao menos se darem conta disso. Muito triste e possível. Vale a pena assistir e refletir.
Vamos pra rua interagir.



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