domingo, 15 de dezembro de 2013

MULHERES E SUAS DEUSAS INTERNAS

TRILOGIA 50 TONS
·         50 tons de cinza
·         50 tons mais escuros
·         50 tons de liberdade
De Erika Leonard James
Publicado em 2011 teve quarenta milhões de cópias vendidas em trinta e sete países. Foi publicado em quarenta e sete línguas e só no Brasil vendeu trinta milhões de cópias em dez semanas.




Acabei de ler os 3 livros e confesso que os devorei em 4 dias, sendo que o primeiro comecei a lê-lo as 16 hs e terminei-o as 3 hs da manhã sem parar.
Diante disso me deparei com mais uma incoerência do “Sistema”... Diante do alcance da trilogia, isso nos leva  a questão de que ele atingiu seu objetivo em cheio – agradar as (os) leitoras (es) e por outro lado enfureceu as feministas que acusaram-no de ser uma apologia a violência, a submissão feminina e todo tipo de retrocesso das nossas conquistas.
Bem... O que vejo é mais uma vez a hipocrisia sobre o sexo.
Fazer sexo anal entre quatro paredes tudo bem, mas publicar num livro que as mulheres gostam, nem pensar!
“Todos” focaram em elementos específicos do texto como o sadomasoquismo, as surras, os brinquedos sexuais e esqueceram-se do contexto geral. A história fala de um homem dominador que muda suas convicções pelo amor de uma mulher que deseja.
E daí eu pergunto: Quem submete quem?
Os três livros são versões picantes dos “clássicos”  livrinhos de bolso Bianca, Sabrina e coisa e tal.
O que deixou mulheres, imprensa, psicólogos e ativistas putas da vida foi terem seus desejos expostos. Por que aqui entre nós, tirando as surras, que mulher não gostaria de ter seu homem enlouquecido de desejo por ela?
Na minha opinião (MINHA), Christian Grey é o objeto de consumo de quase todas as leitoras agora. E isso não tira o direito as nossas conquistas.
Observei com certo prazer a grande quantidade de vezes que a autora colocou nos pensamentos da heroína – Anastácia Steel – seu diálogo com sua deusa interior; que nada mais era do que sua entidade feminina, sua fêmea interna, instintiva, poderosa. Aquela em nós sem reservas, sem pudores ou falsos moralismos. E que maravilha quando encontramos um homem capaz de despertar essa deusa em nós.
Temos que se lembrar de um tempo (não tão distante) onde os homens procuravam as prostitutas para realizarem as fantasias sexuais que não se permitiam com suas esposas. As castas mães de seus rebentos.
Hoje isso não é mais possível, a mulher que dirige seu carro, que paga suas próprias contas, que comandam suas empresas são capazes sim de abrir as pernas para um cara gentil que lhe abra a porta do carro, ou que puxa a cadeira para ela sentar. ISSO NÃO É UMA CONTRADIÇÃO.
Uma coisa é a igualdade social, econômica, política e todos os direitos adquiridos; outra é a nossa essência feminina primordial. E essas coisas não deveriam estar em conflito, e é desse sexo que trata o livro.

O filme será lançado em 2015 e a pedido das leitoras a expectativa é que sejam incluídas as cenas de sexo EXATAMENTE como estão no livro.

Assim espero...


Jamie Dornan o ator escolhido para ser Christian Grey

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