domingo, 15 de janeiro de 2017

MULHERES (HOMENS) PRISIONEIROS



Você precisa e busca a aprovação dos seus pais...
Precisa e busca a aceitação da sociedade, do seu grupo, dos seus amigos...
Vive pela absolvição da sua religião e consequentemente do seu padre, pastor, mentor, pai de santo, guia espiritual...
Suas decisões dependem da oração, da vela, do cristal, do banho de ervas, das vozes, das cartas, dos búzios, da borra de café, da promessa, das superstições, do seu Karma, sua vida passada, dos seus pecados, do seu merecimento...
Modifica sua aparência corporal de acordo com a revista, a TV, a moda, o padrão, a modelo, a foto, o comentário do Facebook...
Seu sucesso é medido pela quantidade de bens que você arrebanha, pelo valor do seu salário, pela importância da sua profissão...
Os telejornais, a mídia, o rádio, as reportagens, os comentaristas direcionam suas opiniões e seus pensamentos...
Necessita dos livros e professores para que lhe digam sobre seu passado, sua história...
Sua auto estima está nas mãos do outro, de como você é amado...
A realização da vida esta vinculada a uma sequência de acontecimentos entre crescer, prosperar, casar, ter filhos, netos e morrer...

Poderia continuar a enumerar dezenas de itens dessa prisão que aceitamos viver, numa zona de conforto assustadora, incapazes de identificar nosso carcereiro. Como os personagens do Matrix e as centenas de cabos presos ao nosso corpo nos dizendo quem somos, como somos e porque somos. E assim vamos nos tornando seres autômatos.

O que cabe outros questionamentos:

Onde entra o discurso de que somos filhos de Deus, seres com alma e livre arbítrio?
Diante dessa prisão nós teríamos matado Deus?
O que de fato é nosso pensamento?

Liberte-se!
Pense!
Não é fácil, mas vale a pena tentar!



Um comentário:

ricardopelin disse...

É natural esta perplexidade. Faz parte do amadurecimento humano. Também não compreendo e, assistindo um filme como Prometeus ou Interestelar fico mais calmo. Como você, aprendi a duvidar de tudo, inclusive de mim. Muito boa reflexão.