segunda-feira, 1 de abril de 2013

MULHERES MODERNAS


"As mulheres não aprenderam a administrar a liberdade sexual adquirida nos últimos anos. Confundem isso com quantidade e prontidão. Acham que precisam transar muito para ser modernas e não percebem que, no momento em que se obrigam a fazer qualquer coisa, deixam de ser livres." - Carmita Abdo, sexóloga; Revista Claudia; março/ 2013; pág. 150.

A frase toda é perfeita, mas o último trecho, onde ela fala sobre deixar de sermos livres ao nos obrigarmos a fazer qualquer coisa, diz tudo o que eu tenho afirmado aqui.
De certa forma, continuamos cumprindo um papel atribuído a nós pelos outros; continuamos sem saber, sem avaliar quais são de fato "nossos" anseios, "nossos" objetivos. Se antes nossos papéis era sermos excelentes donas de casa e esposa, e uma boa mãe; hoje, além disso, devemos ser MODERNAS. O que é um contrasenso.
Como sermos modernas e mantermos antigos padrões femininos ao mesmo tempo?
Se o homem ainda não compreendeu a nova configuração feminina; nós mulheres ainda não encontramos um equilibrio saudável entre a mulher que devemos ser e a mulher que queremos ser.
Modernidade não tem relação alguma com promiscuidade; independência não impede a fragilidade; a maternidade não impossibilita a sexualidade e assim por diante. Não precisamos nos perder de nós mesmas, muito pelo contrário, precisamos nos encontrar, nos assumirmos como pessoas conscientes de quem somos e o que queremos.

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