sexta-feira, 29 de março de 2013

MULHERES DE FÉ

Ator Robert Powell, o "melhor" Jesus Cristo já encenado.

Eu fui educada dentro de uma tradição católica muito permissiva; minha mãe não era uma frequentadora assídua dos cultos ecumênicos e, portanto deixou à mim e à minha irmã a liberdade para escolhermos nossos caminhos espirituais e assim o fizemos. Nada de primeira comunhão, catecismo, e coisa e tal...
Na minha fase adulta eu caminhei por várias religiões, buscando "verdades" que fizessem sentido com a vida real; por que de nada adianta uma crença que conflitue o tempo todo com a vida cotidiana. E quando digo várias, são várias mesmo... Circulei pela gnose; pelo espiritismo; pelo candomblé; pelo budismo; pela magia; pelo fraternidade branca; e apesar disso parecer ausência de caráter, eu vejo isso como uma busca pelo amor. E descobri que cada uma delas tem o amor implantado em alguma parte do conceito por elas difundidas... Mas por outro lado, com o olhar externo, de quem não se aliena espiritualmente, eu também pude enxergar a intolerâcia propagada por cada uma delas de alguma maneira.
O único tema que parece ser comum a todas, é a  proibição a sexualidade. Sexo definitivamente é o mal encarnado em cada religião como o marco inicial para o fim da moral espiritual. Grande bobagem!
Nessa busca espiritual, fui captando as melhores coisas de cada religião e incorporando-as a minha vida não como crença, mas como atitude de vida. Minha liberdade espiritual me possibilita vivenciar o melhor de cada uma e aprender como ser uma pessoa melhor, sem julgar, sem condenar, sem atribuir pecados as falhas alheias.
Vou a missa quando sinto necessidade; adoro ir as festas do candomblé e meditar me faz muito bem.
Mas o que mais me incomoda é a incoerência entre aqueles que se dizem fiéis e suas atitudes. Não consigo entender a intolerância baseada na religião; pois se toda religião é permeada por um "Deus Superior"; um "Deus do Amor"; não faz sentido alimentar as diferenças; alimentar o ódio pela diversidade... Não entendo.
Hoje (Sexta-feira Santa) tudo esta perdido, sem sentido.
Os conceitos, os ritos, os sentidos ecumênicos se perderam e quase ninguém sabe o que realmente esse  dia significa. Para mim a elevação do amor maior; do gesto maior. Internalizado. Agora uma coisa eu assumi para mim... Só comemoro "meu" Jesus ressuscitado. Nunca mais o coloquei na cruz.


FELIZ PÁSCOA À TODOS!

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