terça-feira, 5 de março de 2013

MULHERES RESILIENTES


Resiliência é a capacidade de flexibilidade, a capacidade para adaptar-se a mudanças. E está presente nas pessoas que resistem às adversidades; que são acostumadas a realizar algum tipo de tarefa e, de repente, encontram uma maneira completamente nova de fazer a mesma coisa. Alguém que ao passar por uma situação difícil, consegue fazer o que fazia antes sem perder o seu foco.
De certa maneira, a maioria das pessoas são assim em algum momento da vida e existe até a "lenda urbana" sobre a habilidade do brasileiro em ser resiliente o tempo todo. Mas com certeza, esta qualidade não é inerente a todos.
Algumas pessoas são incapazes de aceitar as mudanças, incapazes de flexibilizar a vida e as ações do seu dia-a-dia. Ficam paralisadas diante de mudanças que os tiram de seu eixo e que de certa forma  derruba a pseudo segurança. O medo das mudanças se justifica, quando o movimento nos obriga a revermos as escolhas, a  questionarmos...


Eu sou resiliente, quando ela se apresenta na superfície. Quando acontece algo inesperado e aquela situação me obriga em segundos a tomar uma decisão objetiva. Mas sofro vários bloqueios quando as mudanças são profundas; como as mudanças de atividade profissional, por exemplo.
No primeiro caso, ser resiliente me coloca diante de escolhas imediatas - como uma vez, quando o carro da minha irmã pegou fogo a caminho do shopping e assim que ela encostou o carro, eu tirei o cinto, corri até uma loja próxima e pedi para que me ajudassem com o extintor; e quando voltei para o carro, minha mãe e irmã ainda estavam tentando tirar o cinto, ambas paralisadas diante da situação; quando um motorista de um ônibus parou e usou seu extintor, bem maior e conseguiu controlar o incêndio no motor... e minha mãe e irmã dentro do carro, tentando soltar o cinto...
No segundo caso, ser resiliente esbarra no abandono de expectativas pessoais - começar uma nova carreira, significa assumir que a carreira escolhida lá atrás fracassou; começar uma nova carreira significa aceitar um salário muito abaixo daquela já estruturado por anos de experiência; começar uma nova carreira é ser humilde diante do amadorismo decorrente da inexperiência...
Para tentar buscar a resiliência em mim, neste segundo caso, eu escolhi ver essa fase como uma primeira etapa necessária para se chegar a uma segunda etapa, que de fato me interessa. Ninguém começa uma caminhada pelo ponto de chegada, mas pelo ponto de partida.
Ser resiliente na vida, é buscar a juventude em nós. Os jovens tem a capacidade de recomeçar quantas vezes forem necessárias, sem se sentirem abandonando, ou perdendo, ou fracassando.
Vivem as mudanças como aventuras a serem experimentadas de peito aberto!

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