domingo, 5 de maio de 2013

MULHERES CIUMENTAS

Eu sei que estou me utilizando da estória de outras pessoas para escrever meus textos; mas não me sinto culpada por isso, já que estou preservando suas identidades e além de tudo, a estória delas fazem parte da minha estória.

Sempre fui observadora, mas nem sempre consegui entender certas atitudes...
Conheço uma mulher (amiga de minha família a anos) com quase 60 anos e que casou-se pela segunda com um homem mais jovem que ela 20 anos. Até ai tudo bem, o problema é que ela mesma não segurou a onda e desenvolveu um ciúme doentio por ele. Largou o emprego para poder vigiá-lo - vigiá-lo mesmo - ficar atrás do poste, no trabalho dele, nos horários de almoço para ver onde e com quem ele saia; pegar o celular para verificar os créditos e as ligações feitas; controlar seus horários e outros absurdos. Como se tudo isso não bastasse, ela desenvolveu uma obsessão pela busca da juventude, afinal precisava se manter desejável diante de um homem jovem. Passou a buscar cirurgias plásticas em todos os locais que ofereciam descontos, preços alternativos e tratamentos clínicos especiais. Numa busca frenética pela beleza perdida e por incrível que pareça, quanto mais ela fazia essas plásticas, mais a aparência dela ficava inalterada, como se nada houvesse sido feito. Tudo isso gerou frustração e medo.
Um binômio complexo...ela precisava ficar jovem para não perdê-lo, mas tinha uma certeza interna de que ele a trairia de qualquer jeito.
Um dia peguntei de que adiantava procurar tanto a prova da traição dele e o mais importante, se por ventura descobrisse ter razão, o que ela faria. Ela não soube responder.
Disse a ela, que a única alternativa sensata seria abandoná-lo e ela ficou perplexa diante desse panorama. Não era sua intenção; queria descobrir  a traição só pra ter argumentos "oficiais" para acusá-lo, ofendê-lo e ameaçá-lo.
Então pra que tudo aquilo?
Que diabo de jogo era aquele?
Que tipo de amor era aquele?
Ela era (e é) capaz de aceitá-lo traidor só para provar suas suspeitas; é capaz de se automutilar dezenas de vezes para buscar uma falsa juventude e julgar isso de amor. Nunca, jamais cultivando seu amor próprio!
Não consigo entender esse tipo de amor que aprisiona sua essência e te impede de ser feliz.
Por que felicidade para mim é outra coisa. É liberdade, é parceria; é paz interna; é segurança; é confiança; é individualidade; e é acima de tudo respeito por si mesma...

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