sábado, 18 de maio de 2013

MULHERES "CORPORATIVAS"


Vivendo a três meses no mundo corporativo (ou institucional, tanto faz) tenho me perguntado como se vive na vida real tendo que manter a rotina angustiante desse meio.
Acordar 5:00 hs da manhã; entrar as 7:00 hs; almoço das 12:00 as 13:00 hs; sair as 17:30 hs e chegar em casa as 19:20 hs... Que hora se vive? Que horas se planeja, se sonha, se realiza, se deseja? Que horas você tem pique pra transar?... Antes ou depois de estar morta de sono e cansaço? E ao ver de perto tudo isso, tenho claro o que sempre soube de longe; que o rosto triste das pessoas nas ruas são reflexos de suas vidas não vividas.
Mas o desejo, acredito, é o que sofre mais. Afinal como ser atraente, ter tesão ou seja lá o que for, se o cansaço sempre fala mais alto. No fim das contas, sempre coisas "mais" importantes vão se tornar prioridade a frente do sexo. O que é uma pena, uma tristeza. As pessoas vão abandonando o sexo com tanta naturalidade, como se fosse absolutamente normal abdicar desse prazer. E eu não acredito que seja normal... Ninguém, por exemplo, acha normal abdicar da comida, ou do sono, ou do ato de respirar, então por que seria normal abandonar o prazer do sexo?
É o único elo que nos faz lembrar de nossa natureza humana/biológica/irracional; da nossa essência animal; que nos aproxima de nós mesmos. Abandonar o sexo é para mim uma violência física, emocional e espiritual que tem sido manipulada pelas religiões e pela sociedade como forma de matar nossa liberdade interna. É neste controle do mundo corporativo que eles completam a destruição do desejo e nos aprisionam num mundo sem emoções, sem calor, sem alma; um mundo amorfo.
Precisamos nos esforçar para mantermos nossa vida pulsantes... com os sonhos; os desejos; os planos e o prazer sexual...

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