terça-feira, 10 de dezembro de 2019

MULHERES QUE BRIGAM


Eu tenho o hábito de registrar no computador as coisas relevantes que faço ano a ano. Isso me ajuda de muitas maneiras: lembrar, agradecer, manter o foco, e saber com clareza do que sou capaz.
Como fiquei sumida do blog desde abril de 2017, fui verificar nos meus arquivos coisas que pudessem me ajudar neste retorno - 2017 tem registros de viagens curtas, passeios, festas a fantasia e "brigas, discussões e stress" - 2018 aparece renegociação de dívida, reuniões com o sindicato, " amor, discussões, calmaria e sexo"
Ao ler meus apontamentos me veio na memória como foi difícil esses últimos 3 anos; para vocês terem uma ideia em 2017 apareceu um inicio de vitiligo na minha mão direita (vitiligo é uma doença autoimune assossiada ao stress e que causa despigmentação da pele). Levei um susto e procurei um dermatologista, depois de conversarmos bastante ele me disse que eu tinha uma cabeça boa e que daria pra controlar o processo, o que de fato aconteceu.
Então tudo estava ótimo!
Não, não estava e a "cabeça boa" não segurou a onda.
Em 2018, eu tomei a frente de questões sindicais no meu trabalho, que envolveu muitas pessoas: colegas de trabalho, chefia direta e indireta, brigas com RH, leis trabalhistas, direitos e deveres e no fim de 2018 fui procurar um psiquiatra.
Simplesmente não consegui desligar e precisei de ajuda profissional.
Essa atitude ia contra tudo o que eu pensava durante quase toda a minha vida adulta, mas a vida ensina que precisamos admitir nossas falhas, pedir ajuda e seguir adiante!
O psiquiatra me disse a mesma coisa que o dermatologista, que tinha uma " cabeça boa" e não sei mais o que, e que por isso ele mesmo tiraria o remédio o mais rápido possível, o que aconteceu. Mas ele também me disse uma coisa muito importante: Você precisa fazer coisas para Você ser feliz.
Caramba! Eu sempre soube disso. O que tinha acontecido?
O último ano do mestrado, o relacionamento conturbado (falo disso numa próxima postagem) e a confusão sindical foi uma sequência do cacete e eu não dei conta. Eu esqueci de mim.
Minha resolução foi voltar pra mim em 2019.
Fiz várias viagens esse ano, liguei a tecla foda-se para muitas situações, investi em vender o mestrado e o mais importante voltei a dar o peso certo para cada situação.
Estou terminando o ano cansada, mais tranquila.



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