quarta-feira, 3 de julho de 2013

MULHERES REVOLTADAS II



Primeiro quero explicar meu sumiço... Justificado pelo fato de eu ser  professora com final de semestre, entrega de notas, preenchimento de diários escolares (10 turmas); mais entrega de trabalho final de mestrado; mais preparação de um curso que darei nas férias e mais minha revolta total diante dos últimos acontecimentos no Brasil... E daí começa meu texto de retorno ao blog.
Nas últimas semanas houveram várias manifestações pelo Brasil, que foram deflagradas a princípio pelo aumento da passagem de ônibus em vários estados da federação, mas que aumentou em número de participantes e de reivindicações na medida em que o governo se negava a escutá-las e a polícia insistia em usar violência na tentativa de dispersão dos mesmos. A sensação que eu tive (e vou aqui falar das sensações, por que meu conhecimento sobre política é parco, devido a educação de tive para justamente não entendê-la e pior, não querer entendê-la) é de que as pessoas que foram para as manifestações se sentiram bem mais que agredidas fisicamente quando se sentiram tolhidas de seus direitos de reclamar, de exigir, de conquistar. Tudo piorou quando as pessoas perceberam que não tinham voz e muito pior, quando perceberam (alguns) o tamanho das manobras que oportunistas, a imprensa e os políticos se utilizaram para desmantelar a iniciativa daqueles que resolveram ter uma atitude de cidadania.
Num primeiro momento fiquei emocionada diante da multidão que foi para as ruas exigir direitos... vi nesse movimento um despertar de consciência, uma mudança de atitude e posicionamento e tão rápido quanto tudo começou fiquei triste por ver como a TV se colocou diante dos fatos. Uma imprensa mentirosa, sem nenhum compromisso com os acontecimentos e com o dever da neutralidade. A palavra vinculada e insistentemente repetida é: Vândalos. É isso que os manifestantes viraram e é isso que eles repetem quase como um programa de hipnose. Entre milhares de pessoas pedindo direitos negados pelo poder público a anos, só o que importa são os vândalos, uma dezena de fulanos, quiçá infiltrados para desacreditar uma manifestação justa, real e legitima.


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