quinta-feira, 31 de julho de 2014

MULHERES FELIZES


Há alguns anos atrás uma amiga da minha irmã me perguntou, com as sobrancelhas franzidas, como eu podia me sentir feliz morando com minha mãe, sem ter meu carro, sem ter feito grandes viagens e sem ter um trabalho.
Não me ofendi na época, e não me ofendo agora ao lembrar.
Acima de tudo por que ela não me conhecia. Não a minha alma.
Na época morava sim com minha família, não tinha carro, tinha feito minhas viagens (nem grandes, nem pequenas), era freelancer e era feliz.
Hoje continuo morando com minha família (minha base, minhas amigas e temos uma relação ótima), continuo sem carro (detesto dirigir, ter que me preocupar com vagas para estacionar, com seguro, gasolina - prefiro táxi, ele que se preocupe com isso), continuo com minhas viagens e hoje sou professora de artes e sou feliz.
Não vou aqui falar mal dessa pessoa, não é o caso. O que quero é questionar a nossa relação com essa sensação que é se sentir feliz.
Felicidade não é uma coisa. É uma emoção, uma sensação, um estado de espírito e justamente por isso, ela não é mensurável, num possui um parâmetro de calculo. E é individual. A felicidade é uma busca, que as vezes da trabalho. Desde que "ela" me fez esse comentário triste (para ela) eu graduei, entrei no mestrado, fiz pelo menos umas três viagens pelo Brasil, fiz grandes amigos novos, amei os amigos antigos, beijei na boca, me diverti, comi, ri, dancei, e acima de tudo fui feliz com cada uma dessas coisas. Por que não basta ter ou fazer, é preciso vivenciar.
Mas de tudo isso, o melhor é que daqui a pouco vou realizar um grande sonho - ir pra Itália. Um sonho de uma vida.
Poderia ter ido antes? Não!
Uma das maneiras de encontrar a felicidade é entender que cada coisa tem um tempo pra acontecer. Um tempo feito unicamente pra você e pra mais ninguém. Se você respeitar esse tempo, entender a perfeição com que as coisas acontecem na sua vida, você vai ser capaz de ser feliz com qualquer coisa.


Nenhum comentário: