quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

MULHERES HISTÓRICAS


Artemisia Gentileschi (1563-1651)


Madalena desmaiada, séc. XVII
Nasceu em Roma numa época em que a pintura era um mundo exclusivamente masculino; não por falta de talentos femininos, mas pela ausência de acesso ao estudo e ao métier da pintura, local reservado apenas aos homens. E apesar disso teve uma vida de independência rara para uma mulher daquela época.
Era filha de um pintor talentoso Orazio Gentileschi, e por conta disso, sofreu influência de grandes nomes da pintura barroca, especialmente Caravaggio. Depois de receber os primeiros ensinamentos do seu pai, pela impossibilidade de frequentar a Academia, foi entregue aos cuidados de um amigo da família, Agostino Tassi; que acabou por seduzi-la e estupra-la.
O estupro deu origem a um longo, humilhante e penoso processo judicial, a que Artemisia se viu exposta e humilhada publicamente. O tutor acabou sendo condenado a um exílio de Roma por um período de cinco anos. Mas a sentença durou apenas quatro meses, graças aos contatos importantes de Tassi.
As obras de Artemisia refletem seu desejo de vingança. Durante muito tempo sua obra foi injustamente esquecida e por vezes atribuída ao pai. Hoje o seu reconhecimento é universal e constata-se que a sua obra contém, em muitos casos, um ponto de vista único, feminino e até feminista, extremamente avançado para a sua época.

Susanna e os velhos, 1622 -  Coleção Pública 
Judith decapita Holofernes, 1611/12
Museo Nazionale di Capodimonte, Napoles, Itália

Danae, 1612 - Coleção Pública




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