Nós vivemos numa sociedade imagética, cujas referências primordiais, são em sua maioria virtuais. Os padrões de beleza são determinados pela capacidade que tem de transmitir uma suposta felicidade ou sucesso.
A noção de beleza clássica grega, que regeu as artes em várias ocasiões – proporção; grandeza; simetria; clareza; equilíbrio e harmonia – falava da beleza perfeita, a beleza dos deuses; portanto inalcançável aos padrões humanos.
Mas ela ganhou uma versão moderna e contemporânea com o uso dos PhotoShops da vida. Ela vende! Vende produtos; vende expectativas; vende felicidade; vende sucesso. O padrão feminino e masculino das propagandas de TV; revistas, outdoor; internet; nem de perto lembra as pessoas normais.
Todos lindos, maravilhosos e famosos. |
Megan Fox (antes e depois) |
Tudo bem; é nosso direito querermos parecer bonitos; mas não é loucura tentar alcançar um padrão inexistente. Sermos apenas bonitos, só isso? Bonitos? E vazios... Bonitos? E sem caráter... Bonitos? E burros...
Para nossa sorte, quando estamos verdadeiramente abertos para a felicidade, o que importa não é a aparência, nem a nossa, nem a do parceiro; mas sim o que se mobiliza internamente. Por isso, há quem prefira os gordos; os magros; os brancos; os negros; as mulheres sem peitos; os homens peludos e no final de tudo o que importa é o sentimento. A aparência é apenas um chamariz, mas não é suficiente para mobilizar emoções.
Meu conselho é para não se impedir de conhecer uma pessoa porque sua aparência “fere” os padrões comerciais; deixe ela se aproximar e lhe mostrar quem ela é de fato.
Eu adoro homens morenos, altos, mas jamais ficaria com um homem assim se ele fosse essencialmente burro. Burrice para mim é capaz de destruir qualquer nível de beleza, até os mais altos.
Jack Gyllenhaal |
Matthew Macfayden |
Já esses eu não largava nem se fossem burrinhos... |
2 comentários:
Muito bom texto
Obrigado Manoel. Bjs
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