Eu não gosto de carnaval; nunca gostei. Nunca fui dessas que gostam dos bailes, dos desfiles e da bagunça inerente ao período, muito pelo contrário. Me lembro de um ano em que acompanhei irmã e primas a um baile num clube de São Paulo e no meio da noite procurei um local discreto, deitei e dormi.
Isso mesmo! Dormi em pleno baile e vou te contar...acordei com um mau humor do cão.
Acho estranho precisar de uma época específica para "soltar a franga", quase como uma permissão tácita. Eu acho mais autêntico você ser quem é o ano todo; mas enfim...é a maior festa popular do mundo e concordo com um antropólogo francês, que em sua entrevista afirmou-se impressionado com o grau de organização e capacidade técnica apresentada nos desfiles de carnaval, especialmente por ser toda uma produção das comunidades locais.
Também fico impressionado com a nossa qualidade; mas esse ano outra coisa me deixou impressionada.
A quantidade do silicone nas avenidas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Diante dessas monstruosidades, fico tentando entender o que leva uma mulher a fazer isso consigo mesma por livre e espontânea vontade. Criar essas bundas deformadas, esses peitos "bola de basquete", com uma aparência dura e artificial.
Isso dá tesão em algum homem?
Essa aparência suscita algum desejo?
Dá vontade de abraçar, fazer carinho, ou seja lá o que for, com esses corpos de Frankenstein?
Como essa mulher consegue se vestir normalmente no dia a dia, com esse corpo esquisito e ficar elegante?
Difícil hein!
Tenho até medo do que vira ano que vem...
6 comentários:
pior será se estas bizarrices se tornarem padrões de beleza! ai ferrou... o que vamos ver de bunda quadrada e peito cônico... opa perai são mulheres cubistas!!! hahaha
Fantástico seu post, principalmente a parte do "Acho estranho precisar de uma época específica para "soltar a franga", quase como uma permissão tácita". E é muito isso, uma permissão que acaba na quarta feira ao meio dia... Como a abóbora a meia noite!
O carnaval é uma festa muito própria, cheia de mistérios subjetivos...mas para mim não deixa de ser uma festa quase "bacante"; onde TODOS se veêm liberados para tudo. E só no Brasil você consegue ver seu chefe vestido de mulher e depois ignorar isso no trabalho. De qualquer maneira prefiro ser sacana o ano inteiro...rs
Só artistas pra conseguir enxergar arte nessas criaturas...hahahaha...mulheres desconstruídas, né Lilian. Quase "Les Demoiselles d'Avignon". Nãoooooo...elegante demais pra situação.
Meeeeeddddoooooooo!!!!!!!
Também me dá medo Lu. O negócio foi tão gritante que teve até uma matéria no Fantástico sobre o assunto. Um horror!!!
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