terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

MULHER SILICONE

Eu não gosto de carnaval; nunca gostei. Nunca fui dessas que gostam dos bailes, dos desfiles e da bagunça inerente ao período, muito pelo contrário. Me lembro de um ano em que acompanhei irmã e primas a um baile num clube de São Paulo e no meio da noite procurei um local discreto, deitei e dormi.
Isso mesmo! Dormi em pleno baile e vou te contar...acordei com um mau humor do cão.
Acho estranho precisar de uma época específica para "soltar a franga", quase como uma permissão tácita. Eu acho mais autêntico você ser quem é o ano todo; mas enfim...é a maior festa popular do mundo e concordo com um antropólogo francês, que em sua entrevista afirmou-se impressionado com o grau de organização e capacidade técnica apresentada nos desfiles de carnaval, especialmente por ser toda uma produção das comunidades locais.
Também fico impressionado com a nossa qualidade; mas esse ano outra coisa me deixou impressionada.
A quantidade do silicone nas avenidas de São Paulo e Rio de Janeiro.
  





Não é nenhuma novidade, claro, há muito tempo "ele" é figurinha fácil em bundas e peitos; mas esse ano "ele" foi mal posicionado, mal colocado, exageradamente usado; criando aberrações...





Diante dessas monstruosidades, fico tentando entender o que leva uma mulher a fazer isso consigo mesma por livre e espontânea vontade. Criar essas bundas deformadas, esses peitos "bola de basquete", com uma aparência dura e artificial.
Isso dá tesão em algum homem?
Essa aparência suscita algum desejo?
Dá vontade de abraçar, fazer carinho, ou seja lá o que for, com esses corpos de Frankenstein?
Como essa mulher consegue se vestir normalmente no dia a dia, com esse corpo esquisito e ficar elegante?
Difícil hein!
Tenho até medo do que vira ano que vem...

6 comentários:

lilian disse...

pior será se estas bizarrices se tornarem padrões de beleza! ai ferrou... o que vamos ver de bunda quadrada e peito cônico... opa perai são mulheres cubistas!!! hahaha

Laise disse...

Fantástico seu post, principalmente a parte do "Acho estranho precisar de uma época específica para "soltar a franga", quase como uma permissão tácita". E é muito isso, uma permissão que acaba na quarta feira ao meio dia... Como a abóbora a meia noite!

Edileine Carvalho disse...

O carnaval é uma festa muito própria, cheia de mistérios subjetivos...mas para mim não deixa de ser uma festa quase "bacante"; onde TODOS se veêm liberados para tudo. E só no Brasil você consegue ver seu chefe vestido de mulher e depois ignorar isso no trabalho. De qualquer maneira prefiro ser sacana o ano inteiro...rs

Edileine Carvalho disse...

Só artistas pra conseguir enxergar arte nessas criaturas...hahahaha...mulheres desconstruídas, né Lilian. Quase "Les Demoiselles d'Avignon". Nãoooooo...elegante demais pra situação.

Anônimo disse...

Meeeeeddddoooooooo!!!!!!!

Edileine Carvalho disse...

Também me dá medo Lu. O negócio foi tão gritante que teve até uma matéria no Fantástico sobre o assunto. Um horror!!!